O PT cabeça e o PT bundão

Visão política não é o forte do Piolho. Ele está batendo o pé pra provar que o PT é governo, que tá bem contemplado com cargos na Gluglândia e não tem discussão.

Então, mesmo sem ser petelho, vou entrar na conversa, porque tô sentindo um coceira no fiofó:
está mais do que claro que existe hoje, em Monlevade, PT e PT. Um, o cabeça; outro, o bundão.

Comecemos pelo bundão: é o que está com cargos no governo, com a bunda bem aconchegada na cadeira, que, mesmo vendo que não manda nada e a Gluglulândia é uma bosta, fica caladinho na sua, pra continuar recebendo o contracheque de comissionado. Parece compartilhar da frase do velho esquerdista Lênin de que "fora do poder, tudo é ilusão", mas, bundão como é, não entende a diferença entre governo e poder. O bundão, bem bundão mesmo, de tão grande tapa o cérebro e os olhos.

Já o PT cabeça não tem cargos na Gluglulândia e, por isso, está mais livre pra não tapar o sol com a peneira. Se usasse a peneira como os bundões, poderia tapar também a própria cabeça. E ficar sem pensamento.

Só que, assim, bifronte, o PT fica nunca situação difícil: os que têm coragem de olhar a Gluglulândia sabem que é uma bosta e queriam outra coisa, mas não podem fazer a legenda romper com o Gluglu, porque os bundões, encadeirados em suas comissões, estão do outro lado do cabo de guerra. E haveria um crise política esquisitíssima.

O caso do PT, portanto, é de esquizofrenia. Tem uma fenda dentro.

Dizer, como o Piolho, que gente com Laércio e Gléber Naime "são Prandini" é uma besteira do tamanho de um bundão, só que um bundão que está do outro lado, torcendo pro circo pegar fogo (sem ver que já pegou) pra turminha do Mauri voltar.

A Gluglulândia é uma bosta. A turminha do Moreira também. Mas há outras cabeças do lado de fora do vaso.